Os Códigos de Nidificação e Comportamento permitem aos observadores documentarem as atividades de nidificação de espécies de aves nas suas regiões de reprodução, fornecendo informações cruciais para a pesquisa e a conservação global. O nosso objetivo é recolher informações sobre o momento e os locais do comportamento de reprodução de aves durante todo o ano e em todo o mundo.
Charadrius melodus por Kyle Tansley/Macaulay Library no Cornell Lab (ML162730121)
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Definições de Código de Nidificação e Comportamento
Perguntas frequentes sobre Códigos de Nidificação e Comportamento
Qualidade dos dados do Código de Nidificação e Comportamento
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Para inserir estes códigos no eBird Mobile, toque no nome de uma espécie para abrir o menu “Detalhes de observação”, depois toque em “Adicionar o código de nidificação” para aceder ao menu e, por fim, escolha o código de classificação mais alta da lista.
Você também pode adicionar esses códigos no site do eBird à medida que insere os dados ou clicando no botão “Editar espécies" numa lista já submetida. Depois de selecionar a espécie para a qual deseja inserir um código, clique no botão "Adicionar Detalhes" ao lado da espécie na lista, selecione "Código de Nidificação" nos botões que aparecem e, em seguida, escolha o código de classificação mais alta que observou para aquela espécie nesta lista.
Nota: Pode aceder às informações do códigos de nidificação recolhidos a partir do relatório de observação de cada lista através da opção "Descarregar os meus dados.” Se usar a opção de descarregar, conseguirá ver todos os registos de nidificação com código que já enviou até ao momento.
Definições de Código de Nidificação e Comportamento
Seguidamente apresentamos as definições dos nossos códigos de nidificação, bem como uma descrição das situações em que devem ser usados. Esses códigos devem ser usados apenas dentro da região conhecida de reprodução de uma espécie. Não pretendemos que esses códigos sejam usados indiscriminadamente sempre que esse comportamento foi observado. Por exemplo, uma felosa-dos-juncos a cantar em Portugal durante o mês de Abril não deve ser assinalada como ave a cantar, porque a felosa-dos-juncos não se reproduz em Portugal. Se você não tiver a certeza, não atribua qualquer código, em vez disso sugerimos que tome notas na caixa de comentários da espécie.
- 16. Ninho com juvenis (Confirmada) -- Ninho com juvenis vistos ou ouvidos.
- 15. Ninho com ovos (Confirmada) -- Ninho com ovos.
- 14. Adulto a transportar comida ou saco fecal (Confirmada) -- Adulto a transportar alimento para as crias (este código não deve ser usado para corvídeos, rapinas, gaivinas e mais algumas espécies que costumam transportar alimento regularmente para efeitos de parada nupcial ou outras finalidades); adulto a transportar saco fecal.
- 13. Ninho ocupado (Confirmada) -- Ninho presumivelmente ocupado por uma ave adulta que entra num local e permanece lá, troca de lugar na incubação, etc.
- 12. Juvenil que deixou o ninho recentemente (Confirmada) -- Juvenil que saiu do ninho recentemente, com plumagem incompleta ou ainda com penugem, que ainda depende dos adultos.
- 11. Ninho usado recentemente (coloque 0 se não for vista qualquer ave) (Confirmada) -- Foi visto um ninho, mas ele não se encontra em atividade. Este código só deve ser usado se tiver a certeza da espécie que o construiu.
- 10. Ave desviando a atenção do observador (Confirmada) -- Comportamento de distração, incluindo simulação de ferimento.
- 9. Construção de ninho ou cavidade (Confirmada/Provável) -- Construção de ninho em aparente local de nidificação; adulto a transportar material para o ninho; o local do ninho não foi visto.
- 8. Pelada de incubação (Provável) -- Evidência fisiológica de nidificação, geralmente este código refere-se a pelada de incubação. Só raramente é usado.
- 7. Comportamento agitado de ave adulta (Provável) -- Comportamento agitado ou chamamentos ansiosos de um adulto. Não se aplica a reações geradas por "pishing", uso de gravações ou comportamento de distração que algumas espécies adotam ao longo de todo o ano (por exemplo, ao escorraçar uma coruja).
- 6. Ave a visitar um local onde provavelmente existe um ninho (Provável) -- Visitas sucessivas a um local onde se presume que exista um ninho (aplica-se sobretudo a espécies que nidificam em cavidades).
- 5. Parada nupcial, corte ou cópula (Provável) -- Observação de corte ou cópula, incluindo-se aqui parada nupcial e oferta de alimentos como parte do ritual.
- 4. Território mantido de forma permanente (duas observações num período de 7 dias) (Provável)-- Utilize este código apenas se tiver observado uma ave a cantar no mesmo local (e não noutro lado qualquer) pelo menos uma semana antes, mas durante a mesma época.
- 3. Casal em habitat propício à nidificação (Provável) -- Casal observado em habitat favorável à reprodução durante a época dos ninhos.
- 2. Ave(s) a cantar (Possível) -- Macho a cantar observado em habitat propício de nidificação durante a época dos ninhos.
- 1. Em habitat apropriado (Possível) -- Adulto em habitat propício de nidificação durante a época dos ninhos.
- 0. Não nidificante -- Use este código quando todos os indivíduos forem vistos a sobrevoar; não use se apenas uma ave parar ou estiver a alimentar-se no solo ou na vegetação. Aves de rapina, andorinhas e andorinhões que são frequentemente vistos em voo e não são migrantes óbvios não devem ser considerados sobrevoos, já que essas aves costumam usar o habitat de formas que não são óbvias para os observadores em terra. Esta restrição depende do julgamento do observador, portanto, em caso de dúvida, não utilize este código. Também pode ser usado para espécies que estão em migração ou são invernantes.
Perguntas frequentes sobre Códigos de Nidificação e Comportamento
Se eu vir um ninho de aves, devo incluir a contagem dos adultos e das crias na minha lista do eBird?
Sim! Qualquer ave que eclodiu de um ovo deve ser contabilizada na sua lista do eBird.
Se eu vir um ninho com ovos, devo contar os ovos para a contagem das espécies em meu envio do eBird?
Não! Os ovos ainda não são aves, por isso não devem ser considerados. Sugerimos que adicione um comentário na caixa de comentários da espécie e junte uma foto do ninho ou dos ovos, mas não os considere na contagem da espécie.
Se eu vir crias de perdiz, crias de ganso ou crias de aves marinhas que ainda não conseguem voar, qual o código que devo usar?
Use o código "12 Juvenil que deixou o ninho recentemente" São aves que já deixaram o ninho, o que é típico dos jovens de espécies “precoces”. O código "12 Juvenil que deixou o ninho recentemente" deve ser usado até que as aves jovens se tornem independentes dos seus pais, uma vez que é razoável presumir que até essa altura elas estejam perto do local de nidificação.
Como sei quando usar 3, 2 ou 1?
Essas categorias devem ser usadas sempre que uma ou mais aves forem observadas em habitat de reprodução apropriado e dentro da área de reprodução. Um rouxinol-pequeno-dos-caniços a cantar num pinhal não se qualificaria, nem uma felosa comum a cantar na sua região de invernada do Algarve, mas uma felosa-de-bonelli a cantar num pinhal dentro de sua área de reprodução já conta. Se você não tiver a certeza, não coloque um código, mas adicione notas na caixa de comentários desta espécie.
Qualidade dos dados do Código de Nidificação e Comportamento
A qualidade dos dados do eBird é de extrema importância, cada lista e cada observação passam por um processo de qualidade de dados em várias etapas. Em regiões onde existe um Atlas de Aves Nidificantes do eBird ativo (BBA Breeding Bird Atlas), há também um processo de revisão específico para códigos de nidificação e comportamento.
Nos Atlas eBird, equipas lideradas por coordenadores de atlas avaliarão as observações com códigos de nidificação e comportamento que incluem perguntas como:
- O código reportado é algo que esta espécie faz?
- O local onde o código foi reportado é um local onde a ave costuma reproduzir-se?
- A época do ano em que o código foi reportado é uma época em que a ave está a reproduzir-se?
- O código reportado é apropriado para a época do ano?
Se um código de nidificação e comportamento for identificado para revisão com base em perguntas como as acima, os revisores da BBA analisarão o cenário do código reportado (código, data, localização, espécie) e as evidências de apoio (fotografias, áudio, comentários). Com base no cenário e nas evidências de apoio, os revisores da BBA decidem um dos três resultados para cada código revisto:
- O código representa totalmente os componentes de nidificação e comportamento do código reportado (o comportamento normal quando um eBirder insere um código)
- O código representa o comportamento observado, mas o significado de nidificação é diferente do normal para o comportamento para aquele local e data para aquela espécie
- O código parece ser um erro provável
Resultado 1 — representa totalmente tanto a nidificação como o comportamento
Nenhuma ação de revisão é tomada no registo: aparece no eBird em mapas e tabelas de códigos de nidificação e está disponível ao se descarregar dados para investigadores com componentes de «código de nidificação» e de «código de comportamento». A visualização deste resultado ao se consultar a lista é de um único código intitulado «Código de comportamento e nidificação».
Resultado 2 — o significado da nidificação é diferente
Um novo código focado no significado da nidificação é anexado à observação: o código originalmente reportado é usado como o «código de comportamento» (disponível ao se descarregar dados por investigadores) e o código após revisão é usado como o «código de nidificação», aparecendo em mapas e tabelas de códigos de nidificação e disponível como «código de nidificação» ao descarregar dados por investigadores. A visualização deste resultado ao se consultar a lista é:
Resultado 3 — erro provável
Um novo código de nidificação e comportamento é anexado à observação: o novo código aparece no eBird em mapas e tabelas de códigos de nidificação e está disponível como «código de nidificação» e «código de comportamento» ao descarregar dados dados por investigadores. A visualização deste resultado ao se consultar a lista é:
Exemplos específicos dos resultados 2 e 3
Uma vez que o Resultado 1 constitui a maioria dos registos em qualquer atlas (milhões de observações), os exemplos concentram-se nos Resultados 2 e 3, nos quais foram tomadas decisões de revisão.
Resultado 2 — o significado da nidificação é diferente
Exemplo 1: Aves migratórias a cantar em áreas onde normalmente não se reproduzem.
- Um código de nidificação comportamento de «2. Ave(s) a cantar» é atribuído à toutinegra-das-figueiras em maio, a sul das zonas de nidificação. O comportamento de cantar está correto, mas nesse local não há reprodução, pelo que, após revisão, a observação não teria código de nidificação e o código de comportamento seria «2. Ave(s) a cantar».
Exemplo 2: Aves aquáticas a realizar cortejo em locais onde não se reproduzem.
- Um código de nidificação e comportamento de “5. Parada nupcial, corte ou cópula” é atribuído ao pato-colhereiro em março, ao sul das áreas de reprodução. O comportamento de cortejo está correto, mas nesse local não há reprodução, portanto, após revisão, a observação não teria código de nidificação e o código de comportamento seria “5. Parada nupcial, corte ou cópula”.
Resultado 3 — erro provável
Exemplo 1: Código relatado para uma espécie que não exibe esse código
- Um código de nidificação e comportamento de «9. Construção de ninho» é atribuído a um cuco-canoro — uma espécie parasita que não constrói ninhos. O código reportado é provavelmente um erro e, após revisão, a observação teria o código «1. Em habitat apropriado» usado tanto para o código de nidificação como para o código de comportamento. O código original inserido pelo observador do atlas é mantido na visualização da lista.