O que é uma Espécie Exótica?

O eBird considera uma espécie Exótica qualquer espécie que ocorra num local como resultado direto de transporte por humanos.  

Isto NÃO inclui situações em que a distribuição de uma espécie aumentou devido a atividades humanas, incluindo alteração de habitat, tais como:

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Qual a Importância das Espécies Exóticas?

Até Agosto de 2022, pelo menos 4.8% dos 1.27 mil milhões de observações de aves na base de dados do eBird são de espécies exóticas, o que indica que estas são uma grande parte da avifauna moderna. Estudar como estas aves interagem com os ecossistemas é importante para a conservação, gestão e ciência. As alterações populacionais nas espécies exóticas podem ocorrer a um ritmo muito mais acelerado do que nas espécies nativas e o eBird oferece uma forte oportunidade para monitorizar estas mudanças. Uma vez que a contagem correta das listas pessoais de aves, no que diz respeito às espécies exóticas, vai afetar a forma como a comunidade ornitológica reporta estas aves, o eBird desenvolveu um novo processo e uma política, para encorajar a monitorização e facilitar o seguimento de aves exóticas. A Política de Espécies Exóticas do eBird apoia estes objetivos, incentivando a recolha de dados e garantindo dados de grande qualidade sobre espécies exóticas, ao mesmo tempo que apoia as expectativas dos observadores de aves.

Algumas espécies exóticas são muito prejudiciais para as populações de aves nativas, competindo com estas por comida e locais de nidificação, afastando-as agressivamente ou mesmo predando-as. Noutros casos, as exóticas são mais benignas, ocupando nichos urbanos vazios dentro de ecossistemas dominados por vegetação não nativa, que já se encontrava bastante desprovida de espécies nativas.  Numa reviravolta irónica, que é um problema aparentemente sem solução da conservação, existem espécies em que as populações mais robustas em liberdade são populações exóticas como os  Red-crowned Parrots (Amazona viridigenalis) em Los Angeles (California), Brownsville (Texas) e Miami (Florida), enquanto as populações nativas estão ameaçadas de extinção devido ao tráfico de aves de gaiola que originou estas populações introduzidas. 


Categorias de Espécies Exóticas no eBird

Todas as observações de espécies exóticas no eBird estão agrupadas em três categorias que refletem o seu status de reprodução e o grau de implantação. A maneira como uma espécie é categorizada pode mudar ao longo do tempo, conforme as populações não nativas se estabelecem ou declinam.


Naturalizada


Naturalizada: A população exótica é estável, reproduzindo-se na natureza, persistindo durante muitos anos e não sendo mantida através de libertações contínuas (incluindo aves acidentais de populações naturalizadas). Estas contam para os totais oficiais do eBird, onde tenham sido aceites pelo(s) comité(s) regional(ais) de registos de aves.


De seguida encontram-se exemplos de espécies Naturalizadas no eBird:

Cerca de 100 Estorninho-malhado (Sturnus vulgaris) foram introduzidos na cidade de Nova Iorque por volta de 1890; ao longo do século seguinte, os estorninhos espalharam-se por todos os 50 estados, a sul para a América Latina e a norte para o Alasca, e são agora uma das aves mais abundantes no continente.

Similarmente, o Ganso-do-canadá (Branta canadensis) foi amplamente libertado na Europa e reproduz-se na maior parte dos países da Europa Ocidental, tornando pouco claro se a errância natural existe e qual a sua dimensão. Dado que a população está tão amplamente estabelecida, em todas as observações de Ganso-do-canadá na Europa a espécie é tratada como Naturalizada, apesar de os registos que sugerem errância transatlântica podem potencialmente ser reclassificados como nativos.

O Pintarroxo-de-queixo-preto-pequeno (Acanthis cabaret) foi introduzido na Nova Zelândia por volta de 1860 e é agora um dos passeriformes mais abundantes no país.


Provisória


Provisória: Das duas uma: 1) membro de uma população exótica que se reproduz em estado selvagem, em expansão e que persiste há vários anos, mas ainda não está naturalizada; 2) raridade de proveniência incerta, acidental natural ou de proveniência de cativeiro, ambas consideradas plausíveis. Quando aplicável, o eBird defere geralmente para comités de registos de aves para registos formalmente considerados como de "proveniência incerta". As espécies provisórias contam nos totais oficiais do eBird.


A categoria Provisória é frequentemente utilizada para espécies que estão estabelecidas (ou seja, ocorrem em números substanciais na natureza há muitos anos), mas que ainda não foram declaradas Naturalizadas por uma autoridade ornitológica local. As espécies Provisórias contam para a sua lista vitalícia eBird e aparecem em todos os resultados de pesquisas públicas, incluindo Alertas.


Um exemplo de espécie Provisória no eBird:


Swinhoe's White-eye (Zosterops simplex) foi introduzido em Costa Mesa (Orange County, Califórnia) em 2006 e desde então tem-se espalhado amplamente. Muitos milhares ocorrem presentemente no sul da Califórnia e as aves mais intrépidas já chegaram às Ilhas Channel, Baja California, e a Santa Bárbara. É previsível que o Swinhoe's White-eye seja tratado como espécie Naturalizada na Califórnia quando passar um ano ou dois do limite de 15 anos definido pelo Comité de Registos da Califórnia. Tratar estas espécies como Provisórias ajuda a comunicar a sua real situação e prepara os observadores para o seu provável tratamento futuro como Naturalizadas.


Os registos que podem ser atribuídos a acidentais naturais ou Fugas de Cativeiro podem também aparecer como Provisórias. Por exemplo:


Na Europa, existem espécies que podem plausivelmente incluir aves acidentais mas que têm também um passado conhecido de manutenção em cativeiro. Estas espécies são igualmente tratados como Provisórias e incluem espécies como a Escrevedeira-de-cabeça-ruiva (Emberiza bruniceps) no Reino Unido e o Pato-falcado (Mareca falcata) na Finlândia.

Black-backed Oriole (Icterus abeillei) é um caso interessante. Um registo na Pensilvânia foi aceite como acidental natural pelo Pennsylvania Records Committee, mas o mesmo indivíduo (identificado por aspetos distintivos da plumagem) divagou até ao Massachussets e provavelmente ao Connecticut, onde os comités de registos desses estados o incluíram nas suas listas de ‘’Proveniência Incerta’’ (e como tal Provisória no eBird). Nos registos da Califórnia a espécie também foi tratada como Provisória, dada a possibilidade de haver Fugas de Cativeiro entre esses registos.



Fuga de Cativeiro

Fuga de Cativeiro: As espécies exóticas que se sabe ou se suspeita de terem escapado de cativeiro ou sido libertadas, incluindo as que já criaram mas que ainda não preenchem os critérios para Provisórias. As exóticas por Fuga de Cativeiro não contam nos totais oficiais do eBird.

Abaixo encontram-se vários exemplos de registos de Fugas de Cativeiro no eBird:

Uma grande variedade de aves aquáticas e papagaios ocorrem semi-regularmente como Fugas de Cativeiro, mas também se podem encontrar algumas aves realmente surpreendentes. Um Long-tailed Mockingbird (Mimus longicaudatus) em King County (Washington, Estados Unidos da América), em Junho de 2014, é um dos registos mais atípicos e uma chamada de atenção para ter as Fugas de Cativeiro em mente quando se descobre ou se tenta encontrar uma ave rara! O Long-tailed Mockingbird é uma espécie do oeste do Ecuador e Peru que não consideramos poder ocorrer como acidental tão longe da sua distribuição nativa. Por isso, o transporte numa gaiola ou a boleia num navio parecem ser a única explicação plausível para a sua presença tão a norte.

No mesmo ano em que uma Steller's Sea-Eagle (Haliaeetus pelagicus) aparentemente selvagem foi notícia nos meios de comunicação pela América do Norte, outra Steller's Sea-Eagle fugiu do Jardim Zoológico de Pittsburgh, na Pensilvânia; este indivíduo teria sido tratado como Fuga de Cativeiro se tivesse sido reportado no eBird.

Bengali-mosqueado (Amandava amandava) ocorre ocasionalmente em números baixos em Porto Rico, e, aparentemente, por vezes, reproduz-se aí. Não ocorre em números significativos e não tem uma população reprodutora suficientemente estável de ano para ano para ser considerado Provisória.



Lembre-se: por favor não reporte no eBird aves em cativeiro mas apenas as que estão em liberdade. Aves cativas em jardins zoológicos e parques de vida selvagem, bem como animais de estimação à solta que regressem a casa ou à quinta todas as noites (como as galinhas e os pavões domésticos) não devem ser reportados nas listas do eBird. As listas que reportam múltiplas espécies de cativeiro podem não ser elegíveis para exibição pública e uso científico.



Casos Especiais


Reintrodução de Espécies Nativas

Uma exceção importante às três categorias acima são as reintroduções de espécies nativas. Quando uma espécie é libertada por humanos no seu antigo território nativo: 

  • As populações reintroduzidas são geralmente consideradas nativas (ou seja, não são consideradas Naturalizadas) em áreas onde se reproduzam na natureza, mesmo se mais indivíduos provenientes de reprodução em cativeiro ou de programas de relocalização ainda estejam a ser libertados.
  • As populações são tratadas como Provisórias nos casos em que os esforços de reprodução ainda estejam a ser fortemente apoiados pelos humanos e a espécie ainda não se tenha restabelecido com sucesso.

Exóticas acidentais

Aves acidentais, ou colonizadores naturais de populações existentes, ou qualquer ave que chegue pelos seus próprios meios, deverá trazer a categoria de exótica da sua presumível região de origem. Portanto, uma Rola-de-colar (Streptopelia decaocto)  que chegue ao norte da Venezuela poderia ser classificada de Naturalizada se se considerasse que era originária, sem assistência humana, de populações Naturalizadas das Caraíbas.

Aves à boleia de navios

Há muito tempo que existem registos de aves marinhas (alcatrazes, gaivotas, etc.) e aves terrestres encontradas em navios, que permanecem a bordo por períodos prolongados conforme as embarcações se deslocam rumo ao seu destino, com algumas aves a viajarem mesmo até ao porto final, cobrindo distâncias que poucos ou nenhuns indivíduos selvagens conseguiriam alcançar recorrendo apenas à sua força muscular.

As aves marinhas (como gaivotas ou albatrozes) devem ser tratadas como nativas quando seguem as embarcações intencionalmente, especialmente os barcos de pesca, sem pousarem neles. Aos exemplares acidentais que se saiba ou suspeite terem vindo à boleia de navios – ou seja, viajando no navio – deve ser atribuído o status de Provisória ou de Fuga de Cativeiro:

  • Registos de de aves acidentais que estejam presas e sejam alimentadas ou ajudadas por humanos a bordo de um navio devem ser tratadas como Fugas de Cativeiro; é como se se transportasse uma ave numa gaiola por avião ou carro.
  • Quando as aves viajando em navios não estão presas e não são alimentadas, os registos devem ser considerados Provisionais.

Idealmente, os observadores devem anotar esses detalhes nos comentários da espécie, ao reportar essas observações.


Como são apresentadas as Espécies Exóticas no eBird?


As espécies exóticas ou introduzidas são indicadas no eBird pelos seguintes ícones de asterisco:



Carregue em qualquer ícone de exótica na página do eBird para ver as definições completas de categorias de exóticas. Para mais informações sobre estas categorias, ver Categorias de Espécies Exóticas no eBird (acima).


Onde aparecem estes ícones?


Os ícones de Exóticas do eBird aparecem presentemente nas listas de observações, listas individuais, páginas de pesquisa de Hotspot e Região, Listas Ilustradas e mapas, também nas Listas Vitalícias, listas Espécies-alvo, gráficos de barras e Relatórios de Viagem.





As espécies exóticas nos resultados do eBird

Para observações individuais (uma observação específica de um observador, num local e data específicos), o eBird apresenta uma Categoria de Exótica de acordo com a definição acima. Para resumos regionais, que podem ser baseados em muitas observações, o eBird apresenta um Status de Exótica, que represente a Categoria de Exótica mais elevada para qualquer observação nessa região. Portanto, se houver um único registo de Pato-casarca (Tadorna ferruginea) nativo no meio de centenas de registos tratados como Fugas de Cativeiro, a espécie terá o status de nativa. Se os registos se dividirem entre Provisórias ou Fugas de Cativeiro, então o status apresentado nas páginas de pesquisa será Provisória.


As espécies exóticas nas categorias de Fuga de Cativeiro e Provisória aparecem em secções separadas, no final da maior parte dos resultados de pesquisa do eBird, como as listas de espécies dos hotspots ou páginas Explorar regionais, Relatórios de Viagens e Espécies-alvo (abaixo das espécies Naturalizadas e nativas). 


As espécies Provisórias estão incluídas nos totais das espécies, enquanto as espécies de Fuga de Cativeiro – da mesma forma que os híbridos e os táxones não-espécie – não estão numeradas e não são incluídas nos totais de espécies por região ou hotspot. As espécies designadas como Fugas de Cativeiro também não aparecem nos Alertas de Raridades e no email de Alerta das Necessidades.


As designações de espécies exóticas podem também obter-se através de Acesso aos dados base eBird na coluna de ‘Código de Exótica’ nos descarregamentos de Listas Vitalícias.


As espécies exóticas na sua Lista Vitalícia no eBird

As listas vitalícias do eBird são projetadas para que possa reportar todas as aves que voem livremente e não sejam cativas - sejam elas Fugas de Cativeiro ou não - e fazer com que as suas observações beneficiem a ciência e a conservação.


Se não estiver interessado em quais são as espécies que “contam” ou quando e porquê - tudo bem! Basta reportar todas as aves não cativas que vê ou ouve no eBird. Se estiver interessado em saber como o eBird faz isso, continue a ler.


As espécies exóticas aparecem na sua Lista Vitalícia do eBird da mesma maneira que aparecem nas páginas Explorar regionais e de hotspots, com as espécies Fuga de Cativeiro agrupadas em secções separadas abaixo das espécies nativas, Naturalizadas e Provisórias e antes dos táxones não-espécie.


A sua Lista Vitalícia do eBird exibe todas as espécies que reportou no eBird com a sua categoria Exótica mais elevada. As estatísticas detalhadas no topo da página dividem o número total de espécies que observou nas categorias nativa/Naturalizada, Provisória e Fuga de Cativeiro.




A data e o local de cada "Lifer" são baseados na categoria de Exóticos mais elevada que observou para essa espécie.


A observação de uma ave nativa, Naturalizada ou Provisória substituirá uma ave Fuga de Cativeiro dessa espécie na sua Lista Vitalícia e será adicionada à sua Lista Vitalícia e aos totais do Top100.


Por exemplo: reportou o seu primeiro Pato Mandarim no eBird - uma Fuga de Cativeiro de uma coleção local de aves aquáticas exóticas. O pato Mandarim aparece na categoria Fuga de Cativeiro na sua Lista eBird; os totais da sua Lista Vitalícia e a classificação no Top100 não aumentam.


Mais tarde, encontra um Pato Mandarim na sua área de distribuição Provisória. A data e o local da observação Provisória substituem a observação Fuga de Cativeiro na sua Lista Vitalícia; os totais da sua Lista Vitalícia e a classificação no Top100 aumentam em um.


Se depois observar o Pato Mandarim na sua área de distribuição nativa, essa observação substituirá a observação Provisória na sua Lista Vitalícia. No entanto, os seus totais pessoais não aumentarão porque a observação Provisória já foi "contada".


Eis outro exemplo: digamos que vive num local onde o Estorninho Europeu é uma espécie estabelecida considerada Naturalizada. Já reportou inúmeras vezes Estorninhos Europeus Naturalizados, pelo que esta espécie aparece com um asterisco cinzento ao lado na sua Lista Vitalícia.


Em seguida, viaja para a Europa, onde os Estorninhos Europeus são nativos. Nativo é uma categoria de Exóticos "mais elevada" do que Naturalizado. Depois de reportar o seu primeiro Estorninho Europeu nativo, o asterisco cinzento desaparece e a data e o local da sua primeira observação de Estorninho Europeu nativo substitui a data e o local da sua primeira observação de Naturalizado na sua Lista Vitalícia.


Onde quer que o Estorninho Europeu apareça na sua Lista Vitalícia, pode sempre clicar em "Ver tudo" para ver todas as suas observações do Estorninho Europeu, independentemente do seu estatuto de exótico.


As Fugas de Cativeiro (aves não nativas que escaparam ou foram intencionalmente libertadas do cativeiro) não contam para os totais da sua Lista Vitalícia do eBird ou para a classificação no Top100.

As Fugas de Cativeiro são sempre visíveis e claramente marcadas nas suas listas pessoais. Para ver quais as espécies que reportou que são consideradas Fugas de Cativeiro, visite a sua Lista Vitalícia do eBird e toque em Fugas de Cativeiro no painel "Estatísticas Detalhadas". As Fugas de Cativeiro também são indicadas por um círculo vermelho escuro com um asterisco branco nas listas do eBird, nas Listas Vitalícias e nas páginas Explorar.



As Espécies exóticas no eBird Mobile

Os ícones de espécies exóticas são atualmente apresentados nas secções O meu eBird e Explorar da aplicação eBird Mobile, correspondendo às categorias e ícones nas suas Listas do eBird e nas páginas Explorar de hotspots e regiões, respetivamente.




As Listas Vitalícias no eBird Mobile funcionam da mesma forma que as Listas Vitalícias no site do eBird. As espécies exóticas são indicadas pelos seus respetivos ícones, com uma categoria separada para espécies exóticas Fuga de Cativeiro, que não contam para o total geral de espécies. Também pode explorar híbridos e táxones adicionais (incluindo táxones «sp.» e «slash»). Para mostrar ou fechar as estatísticas resumidas na parte superior da lista, toque no pequeno triângulo ao lado do total geral.


As espécies exóticas nos Gráficos de Barras

Nos gráficos de barras e linhas do eBird, assim como em outras partes do eBird, os ícones de espécies exóticas refletem o Status Exótico mais elevado para uma determinada espécie e região — ou seja, se houver uma mistura de registos Fuga de Cativeiro, Provisória e Naturalizada para uma espécie, será exibido o ícone de espécie Naturalizada.


Os valores do histograma e do gráfico de linhas incluem todas as observações de aves nativas, Naturalizadas e Provisórias. Se houver apenas observações de aves Fuga de Cativeiro de uma determinada espécie, será mostrada a frequência das aves Fuga de Cativeiro. Mas se houver pelo menos um registo Nativo, Naturalizado ou Provisório, a frequência refletirá apenas os registos que não são Fugas de Cativeiro.


Um exemplo disso é o Ganso-bravo na América do Norte - em locais onde só existem Ganso-bravo (forma doméstica) Fuga de Cativeiro, os gráficos de barras mostrarão todos os registos. Em locais onde ocorreu um Ganso-bravo selvagem acidental, os gráficos de barras refletirão apenas esses registos.


As espécies exóticas nas Espécies-alvo

A lista de Espécies-alvo do eBird é um espelho da sua Lista Vitalícia e inclui todos os táxons nas suas categorias apropriadas, excluindo táxons adicionais («sp.» e "slash"). Isto significa que a sua Lista Vitalícia e a lista de Espécies-alvo estão divididas em categorias semelhantes, permitindo-lhe «visar» os grupos de espécies que lhe interessam: a secção superior inclui espécies nativas e Naturalizadas, seguidas de espécies exóticas Provisórias, e depois espécies exóticas Fuga de Cativeiro e finalmente, híbridos.


Uma advertência importante é que, embora apenas o Status Exótico mais alto seja exibido para cada espécie, a percentagem de Frequência pode ser calculada a partir de várias populações com vários Status Exóticos, especialmente para regiões maiores.


Por exemplo, as suas Espécies-alvo para os Estados Unidos podem apresentar o Chapim-real como uma espécie nativa com uma probabilidade de ~0,0019% de ser encontrada a nível nacional (mas bem acima de outras mega raridades nativas, como o Northern Boobook ou a Poupa europeia — ambas com 0,0000%). Isso ocorre porque o Chapim-real foi reportado uma única vez na Ilha Little Diomede que é tratado como aceite e nativo, mas o valor de frequência também inclui aves Provisórias ao redor dos Grandes Lagos.


Semelhante aos gráficos de barras (ver mais acima), as observações de Fugas de Cativeiro serão excluídas dos cálculos de frequência das Espécies-alvo, desde que haja pelo menos uma observação que não seja Fugas de Cativeiro dessa espécie naquela região.




Questões Frequentes sobre a Política de Espécies Exóticas


Como são atribuídas as Categorias de Exóticas no eBird?

As categorias de Exóticas são atribuídas e ajustadas por revisores regionais voluntários em colaboração com a Central do eBird e são baseadas no conhecimento local, em artigos publicados e nas decisões de comités de registo de observações, sempre que estas se encontrem disponíveis. O processo de ajustamento da correta atribuição de Categorias de Exóticas a registos individuais, continua a ser um trabalho em curso, que se prevê que leve algum tempo.


E se eu apenas quiser ‘contar’ espécies nativas e Naturalizadas?

Alguns grupos de observadores de aves consideram que apenas as populações nativas e Naturalizadas são ‘contáveis’ para os registos regionais e para as Listas Vitalícias, enquanto o eBird também inclui as espécies Provisórias nos totais oficiais.

 

Se você valoriza o seu total de nativas e Naturalizadas, ou comunica os totais das listas a um grupo que tem regras para as listas diferentes do eBird, não se preocupe – o eBird torna fácil encontrar esse total. Basta selecionar o total de espécies "nativas ou naturalizadas" no painel Estatísticas detalhadas, na parte superior da sua Lista Vitalícia do eBird.


Reporte TODAS as espécies que estão em liberdade – incluindo espécies Provisórias e Fugas de Cativeiro – sempre que as encontrar!


  • É importante lembrar que muitas espécies Provisórias se encontram bem estabelecidas na natureza e têm grande potencial para se tornarem Naturalizadas no futuro. De facto, algumas espécies Provisórias podem já neste momento preencher os critérios para Naturalizadas e estão apenas a aguardar a aprovação formal do Comité de Registos.

  • O eBird é uma ferramenta incrivelmente útil para seguir o estabelecimento de espécies introduzidas. O eBird pode monitorizar o estabelecimento/expansão das populações de exóticas de uma forma mais rápida que a maior parte das sociedades ornitológicas.

  • Ao reportar as espécies Provisórias e Fugas de Cativeiro no eBird, você está a ajudar as comunidades científicas e de observadores de aves locais a determinar mais rigorosamente quando e quais as espécies que atingiram o ponto em que podem ser consideradas totalmente Naturalizadas.


E quanto aos táxones ‘forma Doméstica’?

O eBird tem táxones separados de ‘forma doméstica’ para 15 espécies. Quando os visualizar no eBird, eles terão sempre um Código de Exótica, que pode ir de Fuga de Cativeiro (o mais frequente) até Naturalizada (para algumas espécies), dependendo do seu grau de estabelecimento. 


É importante salientar que os táxones de forma doméstica devem ser considerados entidades taxonómicas – mais ou menos como subespécies. São uma sub-população da espécie original com uma história evolutiva e aparência únicas e específicas. Muitas formas domésticas são maiores e têm plumagens mais variáveis (frequentemente brancas, pretas ou mosqueadas), quando comparadas às espécies originais. Na maioria dos casos, as formas domésticas não formam populações auto-suficientes e não ocorrem próximo da área de distribuição da espécie original, mas há exceções notáveis (o Ganso-bravo, Pato-real, Pato-mudo e Pombos-das-rochas ferais têm uma grande sobreposição entre as  distribuições das formas selvagens e domésticas).


No eBird, por favor reporte as aves de fenótipo selvagem como as espécies originais e use ‘forma doméstica’ para indivíduos que evidenciem características claras de domesticação. Estes dois tipos são geralmente identificáveis na natureza, portanto identifique-os da mesma forma que o faz com qualquer outra espécie, mas tenha também em consideração o seu comportamento e habitat.


Por exemplo, se vir dois Patos-mudos de plumagem escura num rio na América Central ou do Sul que fujam com a sua aproximação, por favor reporte-os como Pato-do-mato (Cairina moschata), visto que correspondem à descrição das populações selvagens nativas. Se mais tarde vir num parque algum Pato-mudo de plumagem mosqueada de branco e preto com uma cabeça demasiado grande e verrugas vermelhas, esses serão identificáveis como Patos-mudos (forma doméstica), portanto, por favor, reporte-os como tal.


Para o Pombo-das-rochas (Columba livia) poderá ser difícil separar as formas selvagens das formas ferais em algumas partes da Europa, Ásia e Norte de África. Encorajamos o reporte específico de Pombo-das-rochas (forma selvagem) apenas na Europa, Ásia e Norte de África e apenas quando tiver a certeza; em caso contrário, usar a designação genérica de Pombo-das-rochas será a melhor opção.  Em locais em que apenas existam Pombo-das-rochas ferais, como na América do Norte e do Sul ou na Oceania, por favor use sempre apenas Pombo-das-rochas (forma doméstica).



Veja aqui para mais informação sobre os táxones de forma doméstica no eBird.





Exemplos Adicionais


A distribuição das espécies é complexa e dinâmica. Os códigos de Espécies Exóticas do eBird são definidos com base no conhecimento especializado e contributos dos parceiros regionais. Abaixo encontram-se alguns exemplos de como os códigos de Espécies Exóticas do eBird são presentemente aplicados a espécies introduzidas em regiões do mundo inteiro.



Esta petinha Paddyfield Pipit (Anthus rufulus)  – uma espécie maioritariamente residente, tipicamente encontrada no Sul e Sudoeste da Ásia – foi observada na Cornualha, Reino Unido, no Outono de 2019. Embora se tenha conhecimento da ocorrência de outras espécies similares de petinhas como acidentais na Grã-Bretanha, esta espécie tem um historial de manutenção em cativeiro. Após análise cuidada, o British Ornithologists' Union Records Committee não foi capaz de determinar se a Paddyfield Pipit na Cornualha era de origem selvagem ou de cativeiro (ver a discussão no Bird Guides), e todos os registos desta espécie no Reino Unido são tratados como Provisórias. Casos semelhantes de registos de raridades de proveniência incerta podem ser apresentados como Provisórias.



O Flamingo-comum (Phoenicopterus roseus) Nº 492 (também conhecido por ‘’Pink Floyd’’) – uma espécie nativa da Eurásia e África – fugiu de um jardim zoológico do Kansas em 2005 e é hoje em dia avistado regularmente na costa do Texas. Apesar da sua distribuição ampla, o Flamingo-comum não ocorre como acidental nos Estados Unidos; registos do ‘’Pink Floyd’’ (assim como de outros Flamingos-comuns observados em liberdade na Florida e na California) são tratados como Fugas de Cativeiro.



O Ganso-de-cabeça-listada (Anser indicus), o Pato-mandarim (Aix galericulata) e o Pato-carolino (Aix sponsa) são apenas três exemplos de uma vasta gama de aves aquáticas de plumagem atraente que são populares entre os apreciadores de aves aquáticas do mundo inteiro. Eles escapam do cativeiro com regularidade e polvilham o planeta de registos de Fugas de Cativeiro. Os mapas de distribuição do eBird para estas espécies indicam claramente a sua área de distribuição nativa (a roxo), e todas as três espécies têm algumas partes da sua distribuição tratada como Provisória ou Naturalizada (a laranja). Explore os mapas para o Ganso-de-cabeça-listada (mapa), Pato-mandarim (mapa) e Pato-carolino (mapa) e ative o filtro para tornar visíveis ou invisíveis as quadrículas que têm apenas registos de Fugas de Cativeiro; clique nos pontos para ver o Status de Exótica nesses locais.